Membros de facção ameaçam agentes e tentam impedir reparo em cela durante operação de revista em unidade prisional

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Uma operação de revista estrutural foi realizada em duas celas da Penitenciária Centro de Ressocialização de Várzea Grande localizado anexo a Penitenciária Central do Estado (PCE), no Bairro Pascoal Ramos, após relatos de comportamento suspeito por parte dos detentos. A intervenção ocorreu entre 9h e 10h, do último sábado (19),  sob determinação do chefe de segurança, após o plantão anterior não conseguir efetuar a revista devido ao baixo efetivo naquela unidade prisional. 

Cocnforme informações obtidas pela reportagem, na cela 18, nada de irregular foi encontrado. Entretanto, na cela 34, a equipe localizou cinco pedaços de fio de grande extensão, um cabo de vassoura quebrado e afiado, além de buracos nas paredes, sendo um deles com ligação direta à rede elétrica do exaustor. A situação foi comunicada à chefia de segurança e à direção da unidade.

O chefe de segurança determinou que o buraco fosse imediatamente tampado por um trabalhador interno, que, acompanhado por uma policial penal, deslocou-se até a cela. Durante o início dos trabalhos, os detentos da cela 34 passaram a ameaçar o trabalhador, proferindo ofensas e afirmando que o atacariam e que “já era um cadáver ambulante”, caso prosseguisse com os serviços de reparos. As ameaças também foram direcionadas aos policiais, com intimidações envolvendo familiares e referências a facção criminosa Primeiro Comando da Capital – PCC. Eles xingaram as agentes de “cachorrinhas do governo” e que sabiam onde residiam os familiares deles. 

Diante da resistência e hostilidade, a equipe de contenção foi acionada para reforçar a segurança. Durante a ação, os presos lançaram líquidos e objetos contra os agentes e o trabalhador, além de tentarem impedir a soldagem da chapa de ferro danificando o equipamento com água e batidas constantes. As ameaças verbais e as tentativas de intimidação se mantiveram ao longo de todo o procedimento.

Para controlar a situação e permitir a continuidade dos reparos, foi necessário o uso de munição menos letal em local seguro, com o objetivo de dispersar os detentos e assegurar a integridade dos envolvidos.

Posteriormente, foi realizada uma revista pessoal em 11 detentos da cela 34, e constatou-se que nenhum deles apresentava sinais de lesão corporal.

Fonte: Estadão-MT