Uma mulher, de 29 anos, foi espancada, ameaçada e mantida sob cárcere privado no bairro Cidade de Deus II, em Rondonópolis (218 km de Cuiabá). O suspeito, de mesma idade, é seu companheiro e foi preso em flagrante na noite deste sábado, 19 de julho. A vítima havia escalado parte do muro na tentativa de fugir do homem e pediu socorro para populares. O suspeito, que estava na casa, resistiu a prisão e foi necessário que os policiais o imobilizassem com arma de choque. O homem é dependente químico e não é a primeira vez que a vítima sofre com a violência do seu companheiro.
Segundo informações do boletim de ocorrência, os policiais receberam informações da testemunha e foram até o local. Lá, os agentes viram a mulher escalando o muro e questionada, a vítima relatou que o companheiro ficou violento após se drogar, se trancou em casa e a impediu de sair, além de agredir a mulher. O homem, segundo a mulher, estaria dormindo naquele momento e diante da violência sofrida pela vítima, a Polícia Militar precisou invadir a casa.
Os agentes precisaram pular o muro para entrar no imóvel, já que o portão estava trancado. O suspeito foi localizado em um quarto, deitado na cama. Ao ser abordado, resistiu à prisão, afirmando que “ninguém iria prendê-lo”. Diante da reação violenta, foi necessário o uso da arma de choque para contê-lo.
A mulher contou que está em um relacionamento com ele há dois anos e meio, e que esta não foi a primeira vez que sofreu agressões. Em uma das ocasiões, ela flagrou o companheiro consumindo cocaína após uma tarde de bebedeira e, ao confrontá-lo, foi espancada com socos na cabeça, arrastada pelos cabelos e mantida trancada no imóvel. As agressões resultaram em ferimentos no rosto, cabeça, joelhos e outras partes do corpo.
Mesmo após a prisão, o suspeito voltou a ameaçá-la, dizendo que ela “merecia uma facada”. Durante a confecção do boletim, a vítima deixou o local e não foi apresentada à autoridade policial. Mesmo preso, o homem continuou agressivo e ficou chamando os policiais de “cachorros”.
O caso foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia Civil e será investigado.
Fonte: Estadão Mato Grosso




