Por Redação
Tragédia em família: Criança é vítima de cão adotado há dois meses
Uma menina de apenas 2 anos de idade faleceu na manhã desta segunda-feira (21/07/2025) em Hortolândia, interior de São Paulo, após ser atacada por um cachorro da raça pitbull. O animal pertencia à própria família e havia sido adotado há cerca de dois meses.
O incidente ocorreu na residência da família. Segundo depoimento de Poliana Eduarda, vizinha que acionou a polícia, ela ouviu os gritos de socorro da mãe da criança e, ao correr para verificar, presenciou o pitbull sacudindo a menina. Em desespero, Poliana ligou para a polícia. A Polícia Militar precisou intervir, efetuando disparos contra o animal para que ele soltasse a criança.
A vítima foi socorrida e levada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas infelizmente chegou ao local sem vida. O cachorro, que recebeu três disparos, também foi socorrido. Um vizinho tentou, sem sucesso, usar um pedaço de madeira para conter o ataque.
As autoridades ainda investigam a dinâmica exata do acidente. A mãe da criança estava no imóvel no momento do ataque. A perícia foi acionada para apurar os fatos. O caso chocou a comunidade local e levanta novamente o debate sobre a posse responsável de cães de raças consideradas perigosas.

O Cão e a Adoção: Um Histórico Recente
O pitbull responsável pela tragédia havia sido adotado pela família há apenas dois meses. A Polícia Militar confirmou a informação. A dinâmica exata do ataque ainda está sob investigação, mas a mãe da criança estava presente no imóvel no momento do ocorrido. A perícia foi acionada para auxiliar na elucidação dos fatos.
A Visão de Especialistas: Manejo Incorreto e Prevenção
De acordo com Gilberto Leandro Junior, adestrador comportamental e especialista em psicologia canina, incidentes envolvendo pitbulls frequentemente estão relacionados ao manejo inadequado por parte dos tutores. Ele enfatiza que a adoção de cães, especialmente de médio e grande porte, exige responsabilidade e preparo, incluindo um processo de adaptação com limites claros, rotina estruturada e socialização gradual.
Júnior ressalta que nenhuma criança pequena deve interagir com cães sem supervisão, independentemente da raça. Ele explica que, embora pitbulls sejam cães fortes e enérgicos, não são naturalmente agressivos. A agressividade, na maioria dos casos, é resultado de falhas humanas, como a falta de limites, ausência de socialização e o reforço de comportamentos inadequados. O especialista conclui que “não existem raças perigosas, existem tutores despreparados”, e que a chave para uma convivência segura reside no conhecimento e respeito às necessidades do animal.
Dicas de Prevenção:
•Buscar orientação profissional desde o início da adoção.
•Evitar deixar crianças pequenas sozinhas com qualquer cão.
•Estabelecer uma rotina com regras claras para o animal.
•Socializar o cão desde cedo, de forma positiva.
•Respeitar os sinais do animal e nunca forçá-lo a interações desconfortáveis.
Legislação Brasileira e a Posse de Pitbulls
O trágico incidente em Hortolândia reacende o debate sobre a legislação referente à posse de cães da raça pitbull no Brasil. É importante ressaltar que não existe uma lei federal que proíba a raça em todo o território nacional. Contudo, diversos estados e municípios possuem legislações específicas que regulamentam a criação, comercialização, circulação e posse desses animais.
Em alguns estados, como Minas Gerais e Santa Catarina, há leis que proíbem a procriação e a entrada de cães da raça pitbull, embora com algumas alterações recentes que permitem a adoção de animais já existentes. Além disso, o uso de focinheira e guia curta é uma exigência comum em muitas localidades para cães de raças consideradas perigosas em vias públicas e locais de grande circulação. O descumprimento dessas leis pode acarretar multas e até a apreensão do animal.
Essas regulamentações visam garantir a segurança pública e a posse responsável, mas a efetividade e a fiscalização ainda são pontos de discussão. O caso de Hortolândia reforça a necessidade de um olhar atento para a aplicação dessas leis e para a conscientização dos tutores sobre as responsabilidades inerentes à posse de animais de grande porte e raças que demandam manejo específico.
Introdução
A morte trágica de uma menina de apenas dois anos de idade, atacada por um pitbull da própria família em Hortolândia, interior de São Paulo, na última segunda-feira (21/07/2025), chocou o país e reacendeu o debate sobre a posse responsável de cães de raças consideradas potencialmente perigosas. O incidente, que mobilizou a polícia e vizinhos, levanta questões cruciais sobre a convivência entre humanos e animais, a responsabilidade dos tutores e a eficácia da legislação vigente no Brasil. Esta matéria busca aprofundar os detalhes do caso, as opiniões de especialistas e o panorama legal que envolve a criação e o manejo de pitbulls no país.
Conclusão
A tragédia em Hortolândia serve como um doloroso lembrete da importância da posse responsável de animais, especialmente aqueles de raças que demandam cuidados e manejo específicos. A morte da menina de 2 anos, vítima de um ataque dentro de sua própria casa, ressalta a necessidade de conscientização dos tutores sobre os riscos envolvidos e a imperatividade de se buscar orientação profissional para garantir a segurança de todos. Embora a legislação brasileira busque regulamentar a posse de pitbulls e raças similares, o incidente demonstra que a aplicação efetiva dessas leis e a educação dos proprietários são fundamentais para prevenir novas tragédias. A sociedade, em conjunto com as autoridades e especialistas, deve continuar a debater e aprimorar as medidas que garantam a convivência harmoniosa e segura entre humanos e animais.