A Caneta Pesa, Mas a Crase… Ah, a Crase!

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Por Redação

Em um reviravolta digna de roteiro de comédia, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, conhecido por sua caneta afiada e decisões contundentes, protagonizou um momento que fez gramáticos de todo o país (e até alguns do exterior) levantarem as sobrancelhas. O palco do inusitado foi um despacho oficial, onde a frase “A JUSTIÇA É CEGA MAIS NÃO É TOLA!!!!!” virou o centro das atenções, não pelo seu conteúdo, mas por um pequeno, porém significativo, deslize ortográfico.

Sim, caros leitores, o guardião da Constituição, o homem que decide os rumos da nação com base em leis e jurisprudências, trocou o “mas” pelo “mais”. Uma conjunção adversativa, que indica oposição, foi substituída por um advérbio de intensidade. É como confundir um freio com um acelerador em plena descida: o resultado pode ser… interessante.

E não parou por aí! A frase, que já era um primor de informalidade para um documento oficial com seus cinco pontos de exclamação (sim, CINCO!), ainda trazia outros “detalhes” que fariam qualquer professor de português chorar lágrimas de sangue. A crase em “à partir” e a ausência de preposições em outras passagens foram como cerejas no bolo da desatenção gramatical.

A repercussão, como era de se esperar, foi imediata e estrondosa. As redes sociais, que o ministro tanto busca regular, se tornaram um palco de memes e ironias. Políticos, jornalistas e até mesmo o cidadão comum, munidos de seus conhecimentos básicos de português, não perdoaram. Afinal, se a Justiça é cega, a gramática, aparentemente, também pode ser um pouco míope em certos momentos.

Em tempo recorde, uma versão corrigida do despacho foi liberada. O “mais” virou “mas”, mas a vírgula antes da conjunção, essa, continuou desaparecida. Uma correção pela metade, que nos faz questionar: será que a pressa em corrigir o erro foi tanta que a revisão final ficou para depois? Ou seria uma nova tendência gramatical que ainda não chegou às nossas escolas?

Fica a lição, ou a ironia, para todos nós: mesmo os mais poderosos e influentes estão sujeitos aos caprichos da língua portuguesa. E, parafraseando o próprio ministro, “a Justiça é cega, mas a gramática… essa, meus amigos, não perdoa!”