A atuação integrada das forças de segurança de Mato Grosso por meio da operação Força Total resultou na prisão de 14 pessoas envolvidas no roubo a uma agência bancária no município de Brasnorte, ocorrido na última quinta-feira (31.7). Entre os detidos estão dois policiais militares, por suspeita de terem facilitado a fuga da quadrilha.
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (4.8), o secretário de Estado de Segurança Pública, coronel PM César Roveri, destacou que o trabalho conjunto entre as instituições foi essencial para esclarecer o crime e dar uma resposta rápida à população. Em menos de 48 horas, grande parte dos envolvidos já havia sido preso, entre eles pessoas que participaram diretamente do roubo e outros por dar suporte.
“Parabenizo todos os policiais civis, militares, peritos e demais servidores da Segurança Pública pela dedicação incansável nesta operação. A atuação conjunta foi fundamental para o sucesso da ação. Mais de 100 agentes participaram da operação, todos altamente capacitados e equipados com armamentos e viaturas de qualidade. Esses recursos tornaram possível a resposta que demos à sociedade em menos de 48 horas com prisões dos principais envolvidos”, afirmou o secretário.
O subchefe do Estado-Maior Geral da Polícia Militar, coronel José Nildo de Oliveira, responsável pela parte operacional da corporação, destacou a atuação dos militares na operação.“Foram quatro pessoas envolvidas presas pela Polícia Militar, além dos dois policiais militares que também foram detidos e estão recolhidos. O flagrante foi formalizado, ratificado pelo juiz e convertido em prisão preventiva”, afirmou o coronel.
O delegado Cláudio Alvares Santana, diretor da Diretoria de Atividades Especiais (DAE) da Polícia Judiciária Civil, ressaltou a importância da atuação integrada com o Ciopaer no sucesso da operação. “Se não fosse pela agilidade e pelo apoio do Ciopaer, não conseguiríamos conduzir essa investigação com os fatos ainda quentes. Parabenizo todos os policiais que atuaram incansavelmente, inclusive durante a madrugada. Essa operação demonstra que nossa atuação não tem fronteiras, se o bandido vier praticar crimes em Mato Grosso, independentemente de para onde fugir, só vamos descansar quando ele estiver preso”, afirmou o delegado.
O delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gustavo Belão, esclareceu que a modalidade empregada pelos criminosos não se caracteriza como Novo Cangaço. “Realizamos levantamento das rotas de fuga, câmeras de segurança, veículos empregados e foi possível descortinar o plano de fuga desses criminosos e identificamos a fuga para Rondônia. Tecnicamente, a GCCO não identifica aquele crime como Novo Cangaço, este é um crime mais violento, com mais planejamento, mais robusto, com emprego de material bélico mais forte do que foi visto. Ficou característico um roubo a banco com violência e grave ameaça, que merece o poderio bélico do estado, mas não a nível de Novo Cangaço”.
O comandante do 7º Comando Regional da Polícia Militar, tenente-coronel Murilo Franco, destacou o apoio recebido do Governo do Estado para a realização da operação. “Recebemos apoio incondicional para enfrentar essa ocorrência. No planejamento operacional, montamos pontos de interdição para impedir a fuga do grupo para as regiões norte, noroeste e sul do estado. O município ficou literalmente cercado. Assim que o crime foi cometido, acionamos as forças de segurança, que iniciaram de imediato as ações ostensivas e de inteligência”, afirmou o comandante.




