A Operação Tempo Extra, deflagrada pela Polícia Civil, nesta quarta-feira (10), demonstrou que o crime organizado em Cuiabá permanece com as estruturas em funcionamento mesmo após a prisão do líder, Paulo Witer Farias Paelo (W.T). Preso em 2024, ele foi substituído por Joseph Ibrahim Khargy Júnior, de 23 anos, que deu continuidade a série de crimes que vão desde tráfico de drogas a lavagem de dinheiro.
Apesar do esquema ter permanecido, mesmo após a prisão de W.T., a polícia negou que houve algum tipo de expansão da facção na capital. “A gente não diz nenhuma expansão, teve uma reestruturação para que eles possam continuar cometendo crimes, mesmo que estejam presos, porque o objetivo é o lucro, é angariar recursos financeiros para a manutenção das situações criminosas. Então, há uma reestruturação, alguns membros mantidos, outros substituídos, mas continua sempre com aquela estabilidade de permanência de organização criminosa” afirmou o delegado Rodrigo Azen.
Preso na manhã desta quarta-feira (10), o sucessor do crime fazia o controle financeiro da facção e cuidava do tráfico de drogas, que tinha como destino e distribuição cidades do interior do estado. Para a lavagem de dinheiro, empresas de fachada eram utilizadas.
Quanto à relação entre W.T. e Joseph, a Polícia ainda investiga, mas até o momento, o vínculo entre ambos é ligado somente pela criminalidade. Durante a operação 15 ordens judiciais foram cumpridas, incluindo apreensão de artigos de luxo, como imóveis, carros, jóias e objetos de grife, o que exibiu a ostentação da facção. A operação é derivada da Apito Final, deflagrada em 2024. COMANDO VERMELHO Mesmo com líder de MT preso, CV se reestruturou e manteve rede de crimes, diz PJC Mesmo com líder de MT preso, CV se reestruturou e manteve rede de crimes A Operação Tempo Extra demonstra que os crimes praticados pela facção permaneceram ocorrendo com substituições de pessoas e funções
Fonte: RD News