“Ele estava sendo caçado”, diz secretário sobre morte de ex-delegado em SP

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Carro usado para execução de ex-delegado-geral da polícia é queimado
Sindicato vê morte de Ruy Fontes como "afronta às forças de segurança"

O secretário-executivo da Segurança Pública de São Paulo, Osvaldo Nico, confirmou à CNN que o ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes estava “sendo procurado, caçado” antes de sua execução covarde em Praia Grande nesta segunda-feira (15).

A análise inicial da ação criminosa revela um planejamento meticuloso e o conhecimento técnico dos executores, que perseguiram Fontes antes de desferir mais de 20 tiros de fuzil.

Nico descreveu que Ferraz Fontes já estava em fuga, e seu carro apresentava disparos antes mesmo de colidir com um ônibus. As imagens mostram que, após a batida, três criminosos desceram do veículo.

Um deles, com um fuzil em punho, manteve-se em “contenção”, uma tática de vigilância que demonstra conhecimento de combate para evitar surpresas. Os outros dois se aproximaram para executar o ex-delegado dentro do carro capotado.

Veja o vídeo:

Essa perícia, aliada ao uso de armamento pesado e ao incendiamento do carro da fuga, evidencia a alta complexidade e o profissionalismo do ataque.

Ainda que “todas as hipóteses estejam em aberto”, Nico considera provável a ligação com facções criminosas, dada a história de Fontes como um dos principais inimigos do PCC.

Ruy Ferraz Fontes, que já havia expressado preocupação com sua segurança afirmando “sabem onde moro” após um assalto em 2023, foi alvo de uma execução, descrita pelo delegado-geral Artur Dian também descreveu como “planejada e de alta complexidade”, sugerindo que ele pode ter sido seguido por dias.

Uma força-tarefa com mais de 100 policiais foi montada para investigar o caso.

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A prisão do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, ocorrida na tarde da última segunda-feira (15) em Praia Grande (SP), envolve vários fatores, como a gravidade do crime, seu histórico de enfrentamento à maior facção do país e a reação das autoridades.

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O ex-delegado foi morto a tiros, com mais de 20 disparos. Imagens de câmeras de segurança mostraram o veículo de Ferraz sendo perseguido em alta velocidade por uma SUV.

Premonição

No momento de sua morte, Ruy Ferraz Fontes ocupava o cargo de secretário de Administração na Prefeitura de Praia Grande, função que exercia desde janeiro de 2023.

Ele havia demonstrado preocupação com sua segurança e a de sua família após um assalto em dezembro de 2023, onde expressou: “Eu combati esses caras durante tantos anos e agora os bandidos sabem onde moro”.

Ferraz foi vítima de outros assaltos e emboscadas anteriores em 2022, 2020 e 2012, algumas com troca de tiros e feridos.

Fonte: Cnn Brasil