Facção taxava comercialização de ouro e cobrava dívida de outros para ficar com porcentagem

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As investigações da Polícia Civil apontam que o grupo formado por membros de uma facção criminosa, que comandava um esquema de tráfico de drogas e outro de extorsão a garimpeiros e compradores de ouro em Aripuanã, cobrava uma taxa sobre a comercialização de ouro e na venda de áreas de exploração na região. Eles ainda aceitavam cobrar dívidas de credores em troca de ficar com percentual do montante.

O bando foi alvo da operação Primatus, deflagrada nesta terça-feira (16), pelas Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e Delegacia de Aripuanã.

As investigações apontaram que o grupo atuava em outro ramo criminoso. Havia uma parte da facção que vinha extorquindo compradores de ouro, garimpeiros e proprietários de áreas de extração de minério em Aripuanã.

Por meio de grave ameaça, os criminosos estavam cobrando até 2% sobre a comercialização de ouro e na venda de áreas de exploração na região.

Esse mesmo braço do grupo também atuava no ramo de cobrança de dívidas particulares, recebendo repasses de credores, em troca de ficar com um percentual do montante recuperado.

Foram cumpridos 26 mandados de prisão preventiva, 26 de busca e apreensão, quatro bloqueios de valores, quatro sequestros de veículos e duas suspensões de atividades econômicas de empresas. Quase todas as ordens judiciais estão sendo cumpridas em Aripuanã, apenas três mandados de prisão, que são em penitenciárias, são cumpridos em Cuiabá.

A operação investiga um grupo criminoso que se associou para praticar os crimes de tráfico de drogas, homicídios, extorsões, ameças, tortura e lavagem de dinheiro em Aripuanã. Todos os envolvidos são ligados a uma facção criminosa atuante em Mato Grosso.

Dos 26 mandados de prisão, quatro são cumpridos em unidades penitenciárias de Cuiabá e os demais estão sendo cumpridos em endereços em Aripuanã. O bloqueio de valores será de até R$ 1 milhão. Foram sequestrados quatro veículos, uma I/RAM 3500, uma Toyota Hilux, um Chevrolet Camaro e uma Dodge Ram.

Duas empresas tiveram as atividades econômicas suspensas, uma do ramo de terraplanagem e outra de comércio de alimentos, ambas em Aripuanã.

Participam da operação 80 policiais civis da GCCO, da Draco, da Delegacia de Aripuanã, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do Ciopaer e das regionais de Alta Floresta, Guarantã do Norte, Juína, Sinop e Tangará da Serra.

Fonte: Esporte e Notícias