Letalidade no trânsito preocupa e casos recentes em Rondonópolis reacendem debate sobre responsabilidade pública

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Redação

Rondonópolis vive uma escalada preocupante de mortes no trânsito. Dados consolidados apontam que a cidade registrou 59 óbitos em acidentes viários em 2024, contra 38 em 2023 — um aumento de mais de 55% em apenas um ano. Nos primeiros quatro meses de 2025, a tendência se confirmou: foram 22 mortes no trânsito local, o dobro do mesmo período do ano anterior. A frieza dos números reflete um problema de ordem pública que ganhou ainda mais visibilidade após episódios recentes de grande comoção social.

No centro da cidade, um acidente em outubro de 2024 marcou profundamente a população: após a colisão entre motocicletas, uma das condutoras foi arremessada ao solo e acabou atingida por um micro-ônibus escolar. A tragédia, que resultou em morte imediata, gerou mobilização em redes sociais e questionamentos sobre a desorganização do tráfego urbano.

Já em julho deste ano, outro episódio evidenciou a vulnerabilidade das vias urbanas de Rondonópolis. Uma colisão no bairro Jardim Europa deixou sete pessoas feridas, cinco delas crianças. O cenário de ambulâncias em socorro coletivo reforçou a sensação de insegurança que a população vive ao atravessar avenidas de alto fluxo. Poucos dias depois, a BR-163, no perímetro próximo à cidade, foi palco de uma batida que deixou mortos e feridos, ressaltando o perigo constante da principal rodovia que corta o município.

Diante desse cenário, a responsabilidade sobre a fluidez e a segurança no trânsito urbano recai, sobretudo, sobre o poder público municipal. Cabe à Prefeitura de Rondonópolis organizar as vias, reforçar a sinalização, investir em fiscalização e educação de trânsito. Uma solução urgente que também se impõe é a criação de um pátio municipal para recolhimento de veículos, medida que permitiria retirar de circulação automóveis irregulares ou envolvidos em ocorrências, devolvendo ordem às ruas e reduzindo a sensação de impunidade.

Enquanto não houver ação efetiva da gestão municipal, Rondonópolis continuará colecionando estatísticas que poderiam ser evitadas.