A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, anunciou na terça-feira (30) que a “operação em Memphis já está em andamento”, com nove prisões e duas “armas ilegais” apreendidas na segunda-feira (29).
“Além disso, 219 policiais foram designados e nosso Centro de Operações Conjuntas está totalmente em operação”, adicionou.
Além disso, Bondi vai viajar à cidade nesta semana com o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, segundo ela revelou à Fox News na terça-feira (30).
O envio de autoridades federais a Memphis ocorre simultaneamente a ações semelhantes em cidades como Washington, Los Angeles e Chicago.
O presidente Donald Trump pretende fazer o mesmo em Portland, no Oregon, onde as autoridades locais refutam a alegação de que a criminalidade não foi controlada.
Trump quer que a força de segurança de Memphis seja um exemplo do que ele chamou de sucesso no envio de 2 mil soldados da Guarda Nacional para Washington.
A operação, disse ele, exige “saturação em larga escala dos bairros sitiados com agentes da lei” e “aplicação rigorosa das leis aplicáveis em relação à qualidade de vida, distúrbios e segurança pública”.
Ação desagrada políticos de Memphis
Embora Memphis tenha registrado um alto número de crimes violentos, como homicídios e roubos de carros, nos últimos anos, autoridades democratas e republicanas notaram que a cidade está registrando redução em alguns desses índices neste ano.
O prefeito Paul Young se reuniu com autoridades federais na segunda-feira (29), e as discussões sobre como os policiais podem apoiar a polícia de Memphis continuam.
“Trata-se de consolidar o sucesso que já alcançamos”, disse Young à WHBQ, afiliada da CNN, em reunião pública de terça-feira (30).
“Sabemos que vimos reduções históricas na criminalidade nos últimos 20 meses e queremos continuar a desenvolvê-las”, adicionou.
“Temos todos os motivos para acreditar que eles colaborarão e trabalharão com nosso departamento de polícia durante todo esse processo”, acrescentou o democrata, observando que não haverá aumento nos postos de controle, como em Washington.
Já o governador republicano do Tennessee, Bill Lee, declarou que não espera que mais de 150 integrantes da Guarda Nacional sejam enviados a Memphis. Não haverá tanques patrulhando a cidade, e as tropas não farão prisões nem portarão armas, a menos que solicitado pelas autoridades locais.
Embora Trump compare Memphis a Washington, a operação federal na segunda cidade mais populosa do Tennessee é diferente daquela na capital do país, onde os militares se reportam ao Secretário do Exército.
As ordens em Memphis sujeitariam as tropas à Lei Posse Comitatus, que as proíbe de participar da aplicação da lei.
Fonte: Cnn Brasil
