Casos de intoxicação por metanol em SP chegam a 18; três mortes confirmadas

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O estado de São Paulo confirmou 18 casos de intoxicação por metanol, com três mortes registradas, em boletim atualizado nesta terça-feira (7). As vítimas confirmadas são dois homens, de 54 e 46 anos, moradores da capital paulista, e uma mulher, de 30 anos, residente em São Bernardo do Campo.

Outros 158 casos seguem em investigação pelo estado, incluindo seis óbitos — quatro na cidade de São Paulo, dois em São Bernardo do Campo e um em Cajuru.

Ao todo, 85 notificações foram descartadas até o momento. Os números ainda não constam na atualização nacional feita pelo Ministério da Saúde, que deve ser divulgada na tarde de quarta-feira.

Na segunda-feira (6), a Polícia Civil interditou um galpão que funcionava irregularmente como empresa de recicláveis, usado para revender garrafas de bebidas alcoólicas, localizado na Vila Formosa, Zona Leste de São Paulo.

No local, mais de 100 mil vasilhames vazios de destilados como gins, vodkas e whiskys foram apreendidos.

Entre os materiais apreendidos, estão 6 mil garrafas com bebidas alcoólicas e sem origem comprovada. O estabelecimento não possuía nenhum tipo de documentação para o funcionamento.

Sintomas e riscos do metanol

Os primeiros sinais de intoxicação podem ser confundidos com uma ressaca comum, incluindo náusea e dor de cabeça. No entanto, o principal alerta são as alterações visuais, como o “campo de neve” – sensação de ver pontos brancos – além de incoordenação motora e alteração da consciência, podendo evoluir para coma e morte.

O tratamento inclui o uso de fomepizol, antídoto que bloqueia a enzima responsável pela transformação do metanol em ácido fórmico, além de hemodiálise. Mesmo com tratamento adequado, cerca de 30% a 40% dos casos podem resultar em óbito, e os sobreviventes podem desenvolver sequelas neurológicas graves.

Fonte: Cnn Brasil