“O Agente Secreto” finalmente chegou aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (6), após sua estreia no Festival de Cannes em maio deste ano.
O filme é ambientado em Recife na década de 1970, durante a ditadura militar brasileira. Wagner Moura vive o professor Marcelo, que retorna à cidade é acolhido em uma casa de refugiados, começando uma nova vida tentando se esconder de seu passado. Porém, ele é surpreendido ao voltar a ser procurado por antigos inimigos.
“O Agente Secreto”: filme brasileiro vai ser lançado em mais de 90 países
A produção de Kleber Mendonça Filho, porém, apresenta digressões entre presente e passado e um final quase anticlimático. Por isso, explicamos o desfecho da produção.
Aviso de spoiler: este texto contém spoilers de “O Agente Secreto”
Na reta final do filme, os matadores de aluguel Bobbi (Gabriel Leone) e Augusto (Roney Villela) contratam um terceiro matador de aluguel de Recife, Vilmar (Kaiony Venâncio), que trabalha em uma estiva. Então, ele começa a jornada para encontrar Marcello, que ele conhece como Armando – nome real do personagem.
Vilmar segue o sogro de Armando, Seu Alexandre (Carlos Francisco), que sai de seu trabalho no Cinema São Luiz, e vai até o trabalho do genro. Por lá, o matador de aluguel se infiltra entre as pessoas que procuram atendimento e chama pelo nome do professor, que logo percebe que está em perigo. Então, Marcelo/Armando usa sua influência com o delegado Euclides (Robério Diógenes) e diz que um homem entrou na unidade de identificação e assediou as funcionárias. O oficial manda dois de seus agentes para averiguar a situação, e Vilmar é apontado por Marcelo/Armando como o responsável pela algazarra.
Ao notar que o cerco fechou, Vilmar troca tiros com os agentes da polícia, matando-os e sendo atingido na perna. Ele se desespera e foge do espaço. O que ele não sabe é que está sendo seguido por Bobbi, que ao ver o plano deu errado, persegue o estivador, que deixa um rastro de sangue pela cidade de Recife. Vilmar rende um barbeiro dentro de uma galeria e se esconde no espaço; quando o enteado de Augusto entra, ele dá fim na vida do rapaz.
O arco do passado se encerra com a morte do matador de aluguel e Marcelo/Armando sobrevivendo à tentativa de homicídio. Então, a produção volta para as pesquisadoras de uma universidade, no presente, que estão reconstruindo a história do professor através de depoimentos gravados e notícias. Por meio da manchete de um jornal, Flávia (Laura Lufési) e o público descobrem que Marcelo/Armando foi assassinado posteriormente, ainda naquele ano. Segundo a notícia, ele é apontado como procurado pelo regime militar. A morte não é encenada, o público apenas entende ao ver uma foto do corpo baleado, caído no chão.
Com o encerramento das pesquisas pela universidade, Flávia viaja até Recife e encontra Fernando (que é vivido também por Wagner Moura), filho de Armando, que é criado pelos avós e se torna médico de uma unidade de doação de sangue.
Em uma conversa com o médico, Flávia tenta preencher as lacunas das gravações e notícias sobre a vida de Armando, mas Fernando reforça que ainda era muito pequeno na época e tem poucas memórias dos pais – e o que ele sabe, não pretende dividir com ninguém. Ela conta que, contra as regras, copiou todo os arquivos sobre seu pai em um pen drive, que entrega para Fernando, que sequer afirma se ouvirá o conteúdo. Na última cena, Fernando e Flávia se despedem na porta do centro médico e ele revela que lá era um antigo cinema de Pernambuco.
Fonte: Cnn Brasil




