“Estou a base de medicação”, diz irmã de funcionária morta no Cefet-RJ

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Professora Allane Pedrotti também não resistiu após ser baleada, nesta sexta-feira (28)  • Reprodução

Em publicação nas redes sociais, a irmã de Allane de Souza Pedrotti Mattos, uma das funcionárias que morreu baleada após um ataque no Cefet-RJ (Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca), afirmou que “está destruída e a base de medicação”.

No vídeo, Alline Algaravia afirmou que a irmã foi “brutalmente assassinada” dentro do ambiente de trabalho. “A minha irmã era uma pessoa cheia de sonhos, batalhadora e trabalhadora”, desabafou Alline.

Allane Pedrotti era chefe da equipe pedagógica e acadêmica da direção de ensino do Cefet-RJ na Divisão de Acompanhamento e Desenvolvimento de Ensino, atuando com assessoria pedagógica e acadêmica.

 

A carioca era formada em Pedagogia na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e doutora em Letras pela PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro). Além de professora, Pedrotti também trabalhava como cantora, pandeirista e compositora.

O grupo de samba Quilombo Urbano, no qual Aline era cantora, publicou nota de pesar em suas redes sociais. “Allane era maravilhosa, doce, amiga e minha parceira. Apesar de ser funcionária do Cefet, o seu sonho era viver da música. A música era sua paixão”.

Disparos no Cefet

A Polícia Militar foi acionada, na tarde da última sexta-feira (28), após relatos de disparos de arma de fogo dentro de uma unidade de ensino no Maracanã. Allane de Souza Pedrotti Mattos e Layse Costa Pinheiro foram baleadas e socorridas pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiram aos ferimentos.

Saiba quem eram as funcionárias mortas após ataque no Cefet do Maracanã

Durante buscas no local, os agentes encontraram o corpo de um homem, apontado preliminarmente como o autor dos disparos. Segundo informações iniciais da DHC (Delegacia de Homicídios da Capital), o suspeito teria atirado contra as vítimas e cometido suicídio em seguida.

Licenças e divergências: entenda o que precedeu mortes na Cefet do Maracanã

Informações apuradas pela CNN Brasil apontam que o autor dos disparos era funcionário da escola e vinha sendo constantemente afastado por questões médicas.

Essas sucessivas licenças médicas eram, inclusive, um dos motivos de divergência entre o atirador e as duas mulheres que foram mortas. O homem foi identificado como João Antonio Miranda Tello Ramos Gonçalves, de 47 anos.

Após o ataque, o Cefet suspendeu as atividades acadêmicas da Unidade Maracanã. Segundo o Centro Federal, a medida é válida entre os dias 1° e 5 de dezembro. “As atividades administrativas ocorrerão, excepcionalmente, de forma remota durante esse período”, afirmou a instituição.

Fonte: Cnn Brasil