Austrália combate “rede de material satânico de abuso sexual infantil”

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Polícia de Nova Gales do Sul, na Austrália, prendeu um homem após uma investigação sobre uma "rede internacional de distribuição de material satânico de abuso sexual infantil"  • Polícia de Nova Gales do Sul/Estado de Nova Gales do Sul

Nota do editor: a matéria abaixo aborda conteúdo sensível

Quatro homens foram presos por suposto envolvimento em uma “rede internacional de material satânico de abuso sexual infantil”, segundo a polícia da Austrália.

A superintendente detetive Jayne Doherty, comandante da divisão de crimes sexuais de Nova Gales do Sul, disse que os quatro homens supostamente compartilharam conteúdo “abominável” com uma rede internacional, que mostrava menores de idade — desde bebês a crianças 12 anos de idade –, além de animais.

As autoridades ainda trabalham para identificar as vítimas.

“A polícia alegará em juízo que esse grupo internacional participava de conversas e compartilhava material que retratava abuso e tortura infantil, envolvendo símbolos e rituais ligados ao satanismo e ao ocultismo”, afirmou Doherty nesta segunda-feira (1°).

Milhares de vídeos foram encontrados em dispositivos eletrônicos apreendidos durante diversas operações simultâneas em propriedades em Sydney na semana passada, ainda segundo a detetive.

“Entre essas imagens deploráveis, havia também vários vídeos que mostravam o abuso sexual de animais”, acrescentou ela.

Um vídeo divulgado pela Polícia de Nova Gales do Sul mostra a prisão de um homem de 26 anos no bairro de Waterloo, na região central da cidade. As autoridades dizem que o suspeito tinha “papel de liderança” no grupo.

A investigação foi conduzida pela equipe de crimes sexuais de Nova Gales do Sul como parte da Força-Tarefa Constantine, uma operação criada em abril que investiga a distribuição online de material de abuso sexual infantil envolvendo temas ritualísticos ou satânicos.

Em novembro, a polícia foi informada sobre um grupo de homens em Sydney que supostamente faziam parte de uma grande rede internacional de pedofilia.

Eles estavam “se comunicando entre si e… também compartilhando material explícito de abuso infantil dentro desse grupo internacional”, alegou Doherty.

A polícia não pôde confirmar a identidade das crianças envolvidas nem em qual país o material foi produzido.

“Não identificamos nenhuma criança em específico, mas as imagens são de crianças reais”, disse ela.

“Milhares de arquivos” encontrados

A polícia cumpriu seis mandados de busca e apreensão em Sydney na semana passada, segundo um comunicado da polícia.

O homem de 26 anos foi acusado de vários crimes, incluindo disponibilização e posse de material de abuso infantil. Ele também foi acusado de disseminação e posse de material de bestialidade.

Outros três homens, de 46, 42 e 39 anos, foram presos no subúrbio costeiro de Malabar, em conexão com a mesma rede de abuso infantil. Eles enfrentam várias acusações relacionadas à posse ou distribuição de material de abuso infantil.

Os quatro indivíduos, cujos nomes não foram divulgados pela polícia, tiveram a fiança negada e comparecerão ao tribunal em janeiro do próximo ano.

A polícia está analisando “milhares de arquivos” para investigar outros supostos membros do grupo suspeitos de compartilhar imagens em plataformas internacionais criptografadas.

O abuso foi “particularmente devastador porque eles usavam símbolos e rituais nas discussões que tinham sobre abusar de crianças”, disse a detetive.

“Tinha um caráter muito ritualístico”, concluiu.

Fonte: Cnn Brasil